Devaneios da Língua Portuguesa

27 janeiro 2011


Lá estavam eles. Todos sentados em volta da mesa esperando a REGÊNCIA chegar para que pudessem começar a reunião. Alheio ao alvoroço, lá estava a METONÍMIA bebendo um porto e fumando um cubano, enquanto foleava um Machado de Assis. Foi então que o SOLECISMO lhe disse: "eu adoro fumar esses charuto, principalmente quando nós toma um vinhos bom como o que ti tá tomando." A PARÁFRASE se interessa pelo assunto e dispara: "como Tom Jobim já dizia ao citar Chico Buarque, dinheiro é bom para adquirir uísque, charuto, além de pagar o aluguel." E completou: "como dizia Vitor Hugo, o tabaco é uma planta que faz os pensamentos se transformarem em sonhos." A METÁFORA, que escutava calada, levantou-se, foi até a janela e, ao suspirar, sentenciou: "no outono da vida uma raposa velha como eu pode ter poucos prazeres. Um deles é lambuzar a mente com o sabor aveludado de um charuto cubano". SINONÍMIA balançava a cabeça em aprovação e murmurava "sim, o sabor aveludado, macio, veludoso". Foi então que o ADJETIVO comentou com o SUBSTANTIVO que estava ao seu lado: "que mulher notável a metáfora! Capaz de inundar meu coração deserto com suas palavras coloridas, fazendo-me novamente um homem feliz".

3 Comente aqui:

Clarissa disse...

Bah, o que foi que tu fumou???
Que viagem!!!
Hoje estava mesmo pensando, acho que sou muito burra ou tem muita gente viajando por aí. Hoje eu li várias coisas escrita por amigos no Twitter, que eu não consegui entender nada e agora esse teu texto... acho que sou muito burra, também não entendi nada, hehehe

Anônimo disse...

Após uma breve consulta aos significados de METONÍMIA e SOLECISMO, pude apreciar um baita texto. É praticamente um conto...
Muito bom
Antônio, o cunhado

Anônimo disse...

Caro Felipe!

Aqui só, fugido do BULÍCIO do mundo, DEGLUTINDO um tiragosto e SORVENDO uma Brahma, DEGUSTEI o seu PROÊMIO.
Deixo-lhe meu benévolo AMPLEXO, e ÓSCULOS para Clarissa e Mariana.

Vinicio.