Amigos de tantos lugares

20 julho 2011

   Não sei se vocês notaram, mas incluí no meu blog uma ferramenta que identifica de que lugar do planeta o blog é acessado. Confesso que fiquei muito impressionado com o que vi. Descobri que o blog teve acesso de mais de quinze estados do brasil e ainda de outros quatro países: Estados Unidos, Espanha, Portugal e Colômbia. Por um lado achei fantástico saber disso, mas de outro, me dei conta que não escrevo mais apenas para aqueles amigos mais próximos (o que imaginava quando comecei), o que me deu um certo frio na barriga. Fico pensando se realmente essas pessoas gostam do que escrevo, se identificam com o que escrevo, vivenciam fatos parecidos com os que escrevo.
   Como hoje (20/07) é o dia do amigo, quero aproveitar para tentar saber, afinal, quem são esses "amigos" que têm acessado meu blog.
   Portanto, lanço aqui o desafio. Que todos que acessam o blog, postem um comentário dizendo o seu nome, a cidade/estado/país do qual estão acessando o blog, se me conhecem pessoalmente e, se não, como chegaram ao meu blog. Será que rola? É rápido pra postar!

P.S.: para os que têm dificuldade de postar, eu explico como faz. É só clicar ali embaixo onde diz "comente aqui", depois escreva o seu comentário na caixa que diz "faça um comentário", depois, em "escolher uma identidade", clique na bolinha que diz "Nome/URL", coloque seu nome e clique no botão "publicar comentário". Fácil!

Não tenho todas as respostas

05 julho 2011


   Essa semana tem sido triste pra mim. Ver a dor de meus amigos, senti-la também, mesmo que em proporções infinitamente menores, tem me deixado um tanto triste e tenho pensado muito sobre muitas coisas.
   Fico aqui pensando, pensando, tentando encontrar respostas para perguntas que não são direcionadas para mim. Fico aqui imaginando os porquês. Não encontro a resposta, não concebo qualquer teoria plausível. Não há possibilidade humana de responder certas perguntas. É assim que me acalmo. É assim que sigo em frente.
   Sempre tive dificuldade em aceitar algumas frases feitas que são ditas até com certa autoridade por alguns, mas que me parecem vazias de sentido. Frases ditas e aceitas como consolo. Pra mim não consolam, não bastam, não respondem. Não creio em sua veracidade. Frases como: "Deus quis assim"; "Deus tira com uma mão e dá com a outra"; "Deus dá o frio conforme o cobertor"; "nada é por acaso"; "Deus 'permite'".
   Infelizmente parece que sempre que fracassamos, sempre que vivemos um momento de sofrimento, não perdemos tempo em colocar a "culpa" em Deus. Não me entra na cabeça que Deus, voluntariamente, queira/escolha/permita que eu sofra. Afinal, Deus não é amor, aquele amor infinito, sem reservas? Por que motivo então Deus, em seu amor, "escolhe" que eu sofra se pode escolher que eu seja feliz? Por que Deus "escolheria" que alguém passasse fome, morresse de frio? Por que Deus "escolheria" que uma criança fosse espancada, abusada?
   Ao mesmo tempo fico pensando: bem que Deus poderia de fato interferir em certos momentos. Poderia "não querer" certas coisas. Poderia "não permitir" outras.
   Não creio no tal de destino, no "nada é por acaso", no "não era pra ser" ou no "era pra ser assim". Não dá, não fecha. Se tenho livre arbítrio, como posso estar marcado? Como pode alguma coisa ter dia e hora pra acontecer? Por que não tenho ingerência sobre o meu destino? Será que somos apenas joguetes de Deus? Marionetes manipuladas pra lá e pra cá para satisfazer a vontade de Deus? Será que somos personagens de um tipo de novela global, na qual já sabemos o fim de cada personagem mesmo antes dela começar? Não posso aceitar que sim. Tem que ter algo a mais. Se somos dignos do amor de Deus, não seríamos nós meros espectadores de nossas vidas.
   Enfim, a única conclusão que consigo chegar e única resposta que consigo aceitar, é que não há respostas para todas perguntas. Pelo menos não há respostas que minha humanidade compreenda.
   Não me consolo, não aceito, pois não sou capaz de compreender. Por isso, procuro viver pensando que as respostas que eu não tenho são muito mais do que mero "desejo" divino, são de fato respostas que não tenho, não terei e que não devo busca-las desesperadamente como tenho feito em alguns momentos da minha vida. Devo seguir vivendo, amando, confiando, entendendo que há coisas que não posso mesmo compreender.