Eu em Ti

25 outubro 2011


Eu despido de mim
Sou Teu nessa hora
No espelho o Teu reflexo
Será que me reconheço?

Minha essência é o Teu amor
Estando em Ti
Sou todo Eu

Festa das crianças e de nossa Mãe "Aparecida"

11 outubro 2011

   Amanhã celebraremos duas festas maravilhosas: o dia das crianças e a festa de Nossa Senhora Aparecida. Uma instituída por decreto (a das crianças) e outra instituída pela graça. Na minha vida, essas duas festas tem um significado especial, pois não é por acaso que eu e a Clarissa escolhemos para a nossa filha o nome de Mariana. De uma certa forma, esse foi um gesto de consagração da vida da Mariana a Deus por intermédio das mãos de nossa mãe Maria. Durante todo a gravidez da Clarissa, e mesmo antes dela, sempre entregamos à Maria essa nossa vontade de ser pai e mãe, nossa angústia pelo desconhecido e nossa alegria por tê-la nos braços quando nasceu.
    Não sei quem teve a ideia de instituir o dia da criança no mesmo dia da festa de Nossa Senhora Aparecida, mas hoje vejo que a relação é direta. Afinal, se a festa é da mãe de todos nós, não há dúvida que ela colocaria seus filhos em plano de destaque de sua festa. Não é assim que as mães fazem? Somos todos as suas "crianças" e, portanto, se o dia é da Maria, não tenho dúvidas que ela diria que o dia é de suas crianças.
    Esse dia também pode ser para reflexão dos adultos, para que pensemos naquilo que talvez tívéssemos nos nosso tempos de crinaça e que talvez não devêssemos ter perdido. Hoje, lembrando a minha infância e vivendo a infância junto da Mariana, quero buscar reviver algumas coisas e tentar retomar conceitos e atitudes de antes.
    Quero ser mais alegre. Alegre para saborear a beleza da natureza, a beleza do amor que recebo e que ofereço. Alegre para cantar por aí uma música boa, para andar de balanço e sentir o vento no rosto, para estar perto de meus amigos para fazermos bagunça e falar bobagem.
    Quero ser mais destemido. Destemido em relação à vida e suas dificuldades. Destemido para enfrentar os temporais com paciência, para enfrentar o medo do escuro e dos bichos papões que me rodeiam.
    Quero amar sem limite. Amar sem pensar nas imperfeições do outro. Amar sem esperar o retorno.
    E você, fez a sua reflexão? Partilha aí com a gente.


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Política, cidadania, eleições

07 outubro 2011


    Estamos há exatamente um ano das eleições municipais. No dia 07/10/2012, estaremos novamente escolhendo aqueles que representarão nossos interesses, ideais, visão de mundo, ideia de sociedade, etc. Escrevo isso aqui, pois penso que podemos determinar o dia de hoje como um marco de reflexão. Refletir sobre a forma pela qual estamos atuando na sociedade, como nos inserimos (ou não) no cenário político e social, lembrar e avaliar os votos anteriores e projetar as próximas eleições.
    Sempre tive dificuldade em compreender e aceitar aquelas pessoas que dizem que não gostam de política, ou que não se envolvem com política. Lamento informar meus amigos, mas o fato de não gostar de política (que imagino tratar-se da política partidária) não tem o condão de retirá-los do convívio cotidiano da política. É impossível, em um ambiente democrático, não se envolver com a política. Exagerando para entender: tudo é política. Cotidianamente estamos cercados de fatos e atitudes que tem relação direta com a política. Não tem saída.
    De outra forma, vejo aqueles que imaginam que com essa postura terão a possibilidade de se eximir de suas responsabilidades como cidadão. A cidadania está intimamente ligada à noção de direitos e deveres. A própria definição de direitos, pressupõe a contrapartida de deveres. Quem vive em sociedade, necessariamente, tem seu direito garantido a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes dessa mesma sociedade. Não tem outro jeito. Portanto meus amigos, a não ser que tenhas a aspiração de se tornar um ermitão, terás que te envolver na política, ou seja, no convívio em sociedade, o que se faz, no nosso modelo atual, através dos representantes eleitos pela coletividade. Isso significa dizer que transferimos a maior parte de nossas decisões coletivas a essas pessoas a quem confiamos (grifei) nosso voto.
    A partir dessa definição, vemos claramente que a decisão a ser tomada daqui a um ano não é fácil, já que determinará de que forma orientaremos nossa ação pelo menos nos próximos quatro anos.
    Infelizmente, essa tendência de discurso legitimador da desresponsabilização, que insistimos em vociferar pelas mesas dos bares, é crescente. Pra mim, a pior tendência de todas é uma combinação de assertivas que tem um potencial catastrófico importante. Dizemos insistentemente que os políticos são corruptos e que não têm qualquer alternativa a eles e, ao mesmo tempo, nos desoneramos da responsabilidade pela atuação política dessas mesmas pessoas, justificadas pelo argumento dessa característica essencial dos agentes políticos, qual seja, a corrupção. Não tenho a intenção de dizer que não há corrupção no nosso país, mas afirmo, sem medo de errar, que cada vez que nos utilizamos desse combinado argumentativo ela só faz aumentar, pois não há ninguém mais interessado em um eleitor conformado do que um político corrupto.
    Por que motivo, afinal, no Brasil votamos em candidatos totalmente divorciados de qualquer histórico de atuação política ou social junto às comunidades? Votamos no mais bonito, na mais gostosa, no craque do time, no cantor famoso, no ator de novela. Não é que não possamos votar neles, mas o pressuposto que nos faz votar em alguém não pode ser outro do que a forma de atuação dessa pessoa (e seu partido político) na sociedade, ou, pelo menos, o projeto de atuação na sociedade que esta mesma pessoa nos oferece. O problema é que preferimos não saber de nada disso, pois assim é mais fácil se queixar depois e dizer que foi enganado ou que não era nada disso que esperávamos. Ora, se nem mesmo conheço o projeto de sociedade do candidato a quem confio meu voto, como posso ali na frente cobrar a sua prática?
    Portanto, convido a todos a refletir os nossos últimos votos, lembrar as expectativas que tínhamos, avaliar se foram cumpridas, se sim ou se não, entender o porquê e não deixar de refletir profundamente sobre o que realmente queremos de nossa sociedade, de que forma queremos e podemos interferir em seus processos, para que daqui há um ano, estejamos preparados para votar melhor.


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