Em 28 de
setembro de 2002 nós nos casamos. Celebramos nesse dia esse
sacramento que nos é muito caro. Levamos até a presença
de Deus o nosso amor, para transformá-lo, para fazer dele
sinal do amor de Deus nas nossas vidas, para unidos a Ele sermos um e
juntos (os três) construirmos a nossa família.
Hoje
completamos 13 anos desse sim e eu costumo sempre procurar a lista
das Bodas para refletir sobre como estamos
vivendo esse sacramento e como o projetamos no nosso futuro.
Portanto, hoje celebramos as Bodas de Linho ou Renda.
Como o
linho, nosso amor se dá bem em solo profundo, fresco e
permeável a água, ou seja, a construção
daquilo que somos como casal se dá de forma profunda dentro de
nós, não é uma manifestação
externa, superficial, mas é construído no profundo do
que nós somos. É preciso o frescor de cada nascer de
dia para que ele desabroche novamente, o frescor dos momentos, dos
olhares, das palavras, dos gestos, sendo importante manter esse solo
permeável ao amor de Deus. É necessário no nosso
matrimônio essa abundância de Deus, sob pena de não
sermos mais um. Interessante como o matrimônio traz essa
metáfora da trindade em seu significado. No matrimônio,
somos um sendo três e na falta de qualquer dos três, a
unidade se esvai.
A renda,
por sua vez, é um tecido transparente, de malha aberta, que
forma desenhos variados com o entrelaçamento dos fios. A renda
se compõe basicamente de dois elementos: o desenho em si e o
fundo, que mantém o desenho unido. Ora, assim somos nós,
transparentes em nossa forma de viver a unidade do matrimônio,
somos um e somos abertos um ao outro, nos conhecemos e nos abrimos um
ao outro para que cada um conheça do outro as suas misérias
mais profundas, mas que também desfrute daquilo de mais
precioso que Deus deixou em cada um de nós. O entrelaçamento
daquilo que somos, da individualidade de cada um gera o desenho que
faz de nós uma unidade e que ao somar o que cada um é
individualmente, forma o motivo que faz de nós um casal. O
fundo que nos mantém unidos é Deus. Sem Deus, temos
clareza que os fios não teriam capacidade de se manter unidos.
Que nós
tenhamos também a clareza de compreender a necessidade de
construir novos desenhos e novas cores na nossa vida, mas sempre
mantendo a unidade em Deus. Parabéns Clarissa pelo aniversário
do nosso matrimônio. Que Deus continue nos abençoando.
Te amo.