O espetáculo da miséria humana

29 março 2010


Nos últimos dias tenho refletido muito sobre as reações humanas. Mais especificamente, a questão do momento é o "caso Nardoni" e tudo que isso tem despertado em mim.

Na semana passada resolvi prestar atenção em algumas coisas que ocorriam em torno daquele julgamento.

Sempre, quando falo sobre o amor, digo que amar aqueles que me amam, aqueles que estão próximos é muito fácil, mas que o difícil, o que preciso buscar a cada instante, é amar a quem não quero do meu lado, pra usar uma expressão já utilizada na poesia do Pe. Fábio de Melo. Ou seja, amar os "odiáveis". Não foi assim que Cristo ensinou? Não foi assim que ele amou?

O meu interesse aqui não é falar de questões técnicas, se deveriam ou não ser condenados. Quero falar sobre o que vi das pessoas com faixas e cartazes madrugada a fora em frente ao Foro. Quero entender por qual razão as pessoas parecem ter algum tipo de prazer nesse tipo de situação. Por qual razão as pessoas gostam tanto de sangue? Até se divertem com a desgraça de famílias destroçadas por situações como essa.

Não vi ali apenas pessoas interessadas no julgamento, fiscalizando as ações da Justiça, se certificando de que o julgamento era sério. Vi ali pessoas preocupadas em aparecer na TV, rindo, brincando e se divertindo com aquele "espetáculo".

O que faz o ser humano agir dessa forma? Por vezes tenho a impressão que se tivéssemos a pena de morte, faríamos as execuções em praça pública, com foguetórios, carrocinhas de algodão doce, lugares marcados, área VIP, shows musicais.

Será que não há mesmo compaixão? Será que não há mesmo respeito pelos familiares, tanto da vítima, quando dos acusados? Será que continuaremos a tratar das misérias da nossa sociedade como se fossem novelas Globais? Será que serei capaz de amar os condenáveis? Será que conseguirei amar essas pessoas que foram condenadas? Será que conseguirei amar essas pessoas que estavam em frente ao Foro? Será que continuaremos a gritar: "crucifica-o, crucifica-o!!!"? Será que Jesus continuará tendo que se entregar na cruz para salvar os mesmos que pedem a sua morte? Será?

Espero poder aceitar a ressurreição de Cristo em meu coração. Espero aprender com ele a amar as pessoas que tenho dificuldade até de olhar nos olhos. Espero aprender a me entregar ao amor como Ele fez. Espero aprender, como já dizia a música da Ziza, ter "coragem de dizer que um dia, se preciso for, dou minha vida por você.".

Eu acredito em coelinho!!!

16 março 2010


A Páscoa, como todos sabem, é o momento mais importante do cristianismo. Aliás, não há o que se falar sobre cristianismo sem envolver a Páscoa, que é, afinal de contas, o fato histórico mais importante e marcante em toda a história cristã. A morte de Jesus na cruz, a ressurreição de Cristo. Não há cristianismo sem a ressurreição de Cristo. Não é isso?

Mas hoje quero falar do coelinho da páscoa. Aquela figura interessante que nos faz engordar tremendamente no início de cada ano. Que tipinho sem vergonha esse! E o pobre do Papai Noel que leava a fama de gordo!

Pois bem, já houve tempo que eu acreditava no coelinho, deixava uma cenourinha na mesa da cozinha pra ele fazer um lanchinho depois de me deixar uma cesta cheia de chocolate. Tá certo que senpre fui um pouco frustrado por não ganhar ovos de 500g, 1kg, como ganhava o meu primo André. Quanta inveja eu tinha dele... heheheheh... Pior é que ele guardava tudo e comia aos pouquinhos. Vai ver que é por isso que até hoje o gordo sou eu e ele é bem magrinho. Mas o assunto também não é esse.

O fato é que agora a Mariana, já sem as fraldas, pretende (ou nós pais pretendemos) entregar todos os bicos (ou "bibis", como ela chama) para o Coelinho da Páscoa, para que ele os entregue para algum nenê que ainda precise usá-los, já que, é claro, a Mariana não é mais nenê, já é uma mocinha ("já sou gandona, né pai", como ela diz). A Clarissa e ela fizeram uma caixa com palha de revista. Pintaram por fora, colaram figuras de ovinhos de chocolate pela volta, colocaram gliter. Foi uma festa.

Agora, toda a noite, ela deixa uma cenoura na caixa (a mesma cenoura todo o dia), perto da cama dela, para que o Coelinho deixe algum presente. Assim, na noite anterior à Páscoa, além da cenoura, ela vai deixar também todos os "bibis" na caixa para que o coelho leve embora e, em troca, deixe muitos ovinhos de chocolate de presente.

A euforia é grande (eu tenho que morder aquela cenoura - a mesma cenoura - toda a noite como se fosse o coelinho). Ela fala com convicção que vai entregar os bicos. Em nenhum momento questiona se pode ficar com algum, se pode desistir do "negócio", pelo contrário, diz sempre com convicção e com a firmeza de quem sabe o que quer.

Sendo assim, só posso esperar e dizer que voltei a acreditar no coelinho da páscoa.

Dia Internacional das (minhas) mulheres

08 março 2010


"Sandra-Clarissa-Mariana

Mulheres são assim
São tudo pra mim
Minha mãe, minha mulher, minha filha

Mulheres que me acolhem
São elas que me escolhem
E transbordam de amor por mim"


As três mulheres da minha vida me ensinaram e ainda me ensinam a viver, a amar e ser feliz. Minha mãe ao me conduzir desde os primeiros passos. Minha mulher de mãos dadas comigo na caminhada da vida, firmando meus passos e carregando meus fardos, sempre ao meu lado. Minha filha que todo dia me ensina o amor e me revela Deus.

Parabéns a todas as mulheres que inspiram o mundo para o amor, para a fraternidade. Hoje lembramos de dar a vocês os parabéns, mas saibam que todos os dias são de vocês, pois são vocês que proporcionam ao mundo a experiência da paz, da solidariedade, do amor. Obrigado por ser "luz para brilhar pelo mundo, pra dar sabor para as coisas".

08/03/2010 - Dia Internacional da Mulher

Da série: "Poeminhas do Zuzu"

04 março 2010


Amar na vida
Amor que vai
Amar essa vida
Amor de pai

Pro Rafael - 03/03/2010